Dormir muito após o almoço está relacionado com obesidade e síndrome metabólica

A sesta, ou cochilo ao meio-dia, é uma prática comum em muitos países para combater os efeitos negativos da falta de sono, mas a relação entre sestas, função cognitiva e saúde metabólica ainda não é completamente compreendida. Um novo estudo com 3.275 adultos de uma população mediterrânea analisou a associação entre aqueles que faziam sestas e aqueles que não faziam, levando em consideração a duração da sesta (longa: mais de 30 minutos, curta: 30 minutos ou menos), bem como fatores de estilo de vida.

Os resultados mostraram que as sestas longas (mais de 30 minutos) estavam associadas a um índice de massa corporal (IMC) mais alto, circunferência da cintura maior, níveis de glicose em jejum elevados, pressão arterial sistólica e diastólica mais altas, e uma maior prevalência da síndrome metabólica (SM). Por outro lado, o grupo que fazia sestas curtas (30 minutos ou menos) tinha uma menor probabilidade de pressão arterial sistólica elevada em comparação com o grupo que não fazia sestas.

Além disso, o estudo descobriu que o hábito de fumar, atrasos no sono noturno, horários irregulares de alimentação e maior ingestão de energia no almoço (antes da sesta) desempenharam um papel na associação entre sestas longas e um IMC mais alto. Concluiu-se que a duração da sesta é relevante para a obesidade e a síndrome metabólica, e que vários fatores de estilo de vida podem mediar essa associação. Por outro lado, sestas curtas não parecem estar associadas a um aumento no risco de obesidade ou problemas metabólicos.

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