Má qualidade do sono aumenta risco de obesidade em crianças

A insuficiência de sono representa um fator de risco para o desenvolvimento da obesidade em crianças, uma vez que está associada ao aumento na ingestão de calorias. Este estudo teve como objetivo examinar se as características da qualidade do sono se correlacionavam com hábitos alimentares desfavoráveis em crianças que, apesar de apresentarem um peso adequado para a idade, estavam em risco de obesidade devido a antecedentes familiares.

Os pesquisadores conduziram uma análise em um grupo de 77 crianças com peso saudável, considerando o risco de obesidade na família com base no índice de massa corporal da mãe. As crianças tiveram a oportunidade de se alimentar de acordo com suas preferências antes de serem oferecidos lanches saborosos, a fim de avaliar a alimentação em situação de não fome. A qualidade do sono foi monitorada durante sete noites por meio de um dispositivo de pulso.

Os pesquisadores ajustaram os dados para levar em consideração as necessidades energéticas individuais das crianças, a sensação de fome antes das refeições, as preferências alimentares e o status socioeconômico. Eles investigaram as associações entre o sono, o consumo de refeições e a ingestão alimentar sem fome, além de examinar as interações entre o risco de obesidade e os padrões de sono.

Os resultados demonstraram que quanto pior a qualidade do sono, maior foi a ingestão de alimentos, mesmo quando as crianças não estavam com fome, especialmente entre aquelas com um elevado risco de obesidade familiar. A quantidade de alimentos consumidos durante as refeições regulares não apresentou diferenças significativas, mas houve um aumento na ingestão de carboidratos e gorduras.

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