Jovens se casam “por amor”, mas são mortos por homem rejeitado em casamento arranjado
Laiba e Zaigham Abbas se casaram em Gujranwala, no Paquistão, sem o consentimento da família. Tragicamente, 20 dias depois, Usman, o primo e ex-noivo arranjado de Laiba, tirou suas vidas, bem como a da mãe de Abbas, Naseem Bibi. No país, casamentos forçados são lamentavelmente comuns, e quando desafiados por casamentos por amor, podem resultar em tragédias.
O jornal paquistanês “Express Tribune” relata que a tragédia ocorreu quando os recém-casados, juntamente com Naseem Bibi e outros parentes, visitaram a casa dos pais de Laiba para resolver questões pendentes de forma pacífica. No entanto, a situação se deteriorou quando Usman ficou agitado durante a conversa.
A família o levou para fora de casa, mas ele retornou armado mais tarde, abrindo fogo e atingindo Laiba, Zaigham Abbas e Naseem Bibi. A polícia local chegou ao local logo após receber relatos do incidente e iniciou uma investigação.
A cultura e a vida cotidiana no Paquistão são fortemente influenciadas pela religião, como destacado pelo portal “Capire”. A islamização do país começou em 1977 e levou à criação da República Islâmica do Paquistão, com a constituição e as leis baseadas no Corão e na sharia, o sistema jurídico islâmico.
Especialistas manifestaram preocupação com o aumento de casos de sequestros, casamentos forçados e conversões religiosas envolvendo meninas menores de idade e jovens de minorias religiosas no país, o que levou a relatórios à Organização das Nações Unidas (ONU) no início deste ano.
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