Um legista que conduziu análises dos seres não humanos apresentados na Câmara de Deputados do México na semana passada afirmou que eles não parecem ser falsos.

José de Jesús Zalce Benítez, do Instituto de Pesquisas em Ciências da Saúde da Secretaria da Marinha do México, divulgou um vídeo que documenta os exames realizados nas duas “criaturas” supostamente encontradas na região de Cusco, no Peru.

Segundo o especialista mexicano, não foram encontradas evidências de montagem ou manipulação dos crânios dessas entidades.

Zalce Benítez estava presente na apresentação das duas “criaturas”, conhecidas como Clara e Maurício (um terceiro exemplar chamado Victoria teria permanecido no Peru), aos deputados mexicanos. Ele fez seu depoimento sob juramento e descreveu os seres como tendo cérebros e olhos grandes, mas sem dentes, sugerindo que provavelmente só bebiam líquidos e não mastigavam alimentos.

Os corpos, supostamente descobertos em uma mina de algas no Peru, seriam datados de cerca de 1.000 anos. Têm aproximadamente 60 centímetros de altura, com braços e pernas semelhantes aos humanos, um torso e uma cabeça grande e achatada, além de três dedos nas mãos e nos pés. Um deles foi identificado como sendo do sexo feminino e com ovos em seu interior.

Zalce Benítez mantém sua defesa das conclusões, enquanto a Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), que realizou análises de DNA nas amostras, ainda não emitiu uma declaração oficial.

A pesquisadora da UNAM, Julieta Fierro, alegou que a presença de carbono-14 em estudos realizados indica que as amostras estão relacionadas a tecidos cerebrais e de pele de várias múmias que viveram em períodos distintos.

Em relação ao envolvimento de Jaime Maussan, jornalista e ufólogo, ele comentou que “os extraterrestres não falam comigo como falam com ele porque eu não acredito neles”. Além disso, foi questionado por ter retirado do Peru o que seria considerado um “tesouro nacional” sem convidar o embaixador peruano para a apresentação aos parlamentares na Cidade do México.

Após a audiência na capital mexicana, o Peru iniciou uma investigação criminal sobre como essas espécimes deixaram o país.

Em uma entrevista à agência Reuters, Maussan revelou que os corpos estão sob posse de um mexicano que preferiu não se identificar. Quando questionado sobre como os corpos foram adquiridos, o indivíduo apenas declarou que revelaria todos os detalhes “no momento apropriado”.

É importante destacar que em 2015, Maussan apresentou outro corpo mumificado, alegadamente de origem alienígena, encontrado nas proximidades das Linhas de Nazca, famosos geoglifos no Peru que variam de 15 metros a 365 metros de comprimento. Mais tarde, de acordo com o site de verificação de fatos “Snopes”, foi revelado que se tratava dos restos mortais de uma criança inca.