Risco de linfomas aumenta com a idade; Confira como prevenir
O Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas, celebrado em 15 de setembro, tem como objetivo sensibilizar a população sobre as características desta doença e as medidas preventivas que podem ser tomadas. Segundo informações do Ministério da Saúde, o linfoma afeta anualmente mais de 735 mil pessoas em todo o mundo.
O termo “linfoma” engloba um grupo de cânceres que atacam o sistema linfático, que desempenha um papel crucial na defesa do organismo contra infecções. Esse sistema é constituído por órgãos, vasos, tecidos linfáticos e linfonodos, distribuídos estrategicamente pelo corpo para auxiliar na resposta imunológica. Os glóbulos brancos, responsáveis por combater infecções e participar do sistema imunológico, são produzidos e transportados pelo sistema linfático.
Diferentes tipos de linfoma
Existem dois principais tipos de linfoma: o linfoma de Hodgkin (LH) e o linfoma não-Hodgkin (LNH). O LH é caracterizado pela presença de células grandes e facilmente identificáveis, conhecidas como células de Reed-Sternberg, no linfonodo afetado. Esta é uma condição adquirida, não hereditária, que representa cerca de 20% dos casos de linfoma e pode ocorrer em qualquer faixa etária, embora seja mais comum em jovens entre 25 e 30 anos.
Por outro lado, o LNH não possui um tipo celular característico e compreende um grupo diversificado de tipos de doença. Seu diagnóstico leva em consideração o tipo específico de linfoma e o estágio da doença. O LNH pode surgir em várias partes do corpo e constitui cerca de 80% dos casos de linfoma, afetando pessoas de todas as idades, com maior incidência em indivíduos com mais de 60 anos.
Envelhecimento aumenta risco de linfomas
A incidência de linfoma tende a aumentar com a idade, tornando o diagnóstico precoce e a conscientização sobre a doença essenciais para um envelhecimento saudável. A Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) observou que, nas últimas duas décadas, houve um aumento significativo no número de novos casos de LNH, principalmente entre pessoas com mais de 60 anos.
Dra. Morgani Rodrigues, médica hematologista e cofundadora do canal Longidade, destaca a importância da conscientização sobre linfomas, à medida que a população idosa do Brasil está em crescimento e representa uma parcela significativa da população. Ela enfatiza que o diagnóstico precoce pode levar a tratamentos eficazes e aumentar a expectativa de vida.
Sintomas e prevenção
Morgani destaca a importância de estar atento aos sinais e possíveis sintomas para que o diagnóstico seja feito o quanto antes. Alguns deles são:
Inchaço dos gânglios linfáticos, principalmente na região da virilha, pescoço e axila;
Fadiga inexplicável;
Perda de peso sem intenção;
Febre persistente;
Coceira na pele;
Falta de ar.
A médica também ressalta a importância das consultas médicas regulares e exames de rotina na identificação precoce de problemas de saúde, incluindo linfomas em estágios iniciais. O tratamento mais comum para linfomas é a quimioterapia, podendo ser complementado com radioterapia em alguns casos.
Adotar um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada, maior consumo de alimentos naturais em vez de ultraprocessados, exercícios regulares e a prevenção do tabagismo e consumo excessivo de álcool são medidas que podem reduzir o risco de desenvolver linfomas e outras doenças relacionadas à idade, destaca a médica.
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