Seres humanos poderão viver até 20 mil anos no futuro
A busca pela longevidade sempre intrigou a humanidade, com a ideia de viver não apenas um, cem ou mil anos, mas possivelmente até 20 mil anos, parecendo algo saído de ficção científica. No entanto, o cientista português João Pedro de Magalhães, especialista em envelhecimento, não só imaginou essa possibilidade audaciosa, como também está trabalhando para torná-la realidade.
Magalhães, professor de biogerontologia molecular na Universidade de Birmingham, na Inglaterra, acredita que a chave para essa longevidade extraordinária reside na compreensão e modificação dos complexos programas genéticos que controlam nossa biologia e determinam nosso envelhecimento. Esses programas, semelhantes a algoritmos de computador, nos guiam até a idade adulta, mas podem se tornar prejudiciais com o tempo, levando ao envelhecimento.
Ele destaca o exemplo da involução do timo, uma glândula importante para o sistema imunológico, que regredir para a gordura precocemente na vida, tornando-se menos funcional.
Para enfrentar esse desafio complexo, Magalhães propõe uma abordagem que envolve revisar esses programas genéticos, corrigir o DNA e revolucionar o processo de envelhecimento.
Ele destaca que, embora novas drogas tenham mostrado resultados promissores, a verdadeira chave para a longevidade reside na reescrita de nossos “softwares” genéticos, criando células virtualmente imunes ao envelhecimento. Magalhães sugere que isso exigiria resistência ao câncer e a capacidade de reparar o DNA.
Os cientistas de Singapura, por outro lado, desenvolveram um exame de sangue chamado “Indicador Dinâmico do Estado do Organismo” (DOSI), que estima a idade máxima alcançável em até 150 anos. Isso foi determinado considerando várias variáveis relacionadas à idade e às trajetórias de envelhecimento, levando em conta doenças como câncer, doenças neurológicas e cardíacas.
Embora a medicina continue avançando, essas pesquisas indicam que a expectativa de vida humana pode ter um limite biológico entre 120 e 150 anos, a menos que se encontre uma maneira de retardar o processo de envelhecimento, um desafio que permanece em aberto.
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