Secretaria de Saúde de Palmas oferta teste rápido gratuito de sífilis em unidades de saúde

A luta diária da rede pública de saúde é contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Com o objetivo de agilizar o diagnóstico e garantir tratamento adequado, a Secretaria Municipal de Saúde de Palmas (Semus) disponibiliza testes rápidos gratuitos para sífilis em Unidades de Saúde da Família (USFs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) do Núcleo Henfil.

Nas unidades designadas, os testes são, em sua maioria, realizados sob demanda espontânea, ou seja, os próprios usuários solicitam a realização. Além disso, podem ser conduzidos com base em suspeitas identificadas por profissionais de saúde a partir de sintomas ou sinais clínicos apresentados pelo paciente, nos quais também pode ser requerido um exame laboratorial. O resultado do teste rápido é liberado em até 30 minutos, enquanto o de laboratório demora, em média, cinco dias úteis.

Alcineia Ferreira, Coordenadora Técnica das Doenças Infectocontagiosas da Semus, enfatizou a ampliação do diagnóstico nessa área através da capacitação de profissionais. Ela mencionou a qualificação dos profissionais da rede pública para a realização dos testes, além das ações extramuros de testes rápidos em diferentes segmentos da população. Além disso, as unidades de saúde são mantidas abastecidas com testes rápidos para atender à demanda livre. Esses esforços podem ter contribuído para o aumento das notificações de casos.

Em 2019, a Semus registrou 512 casos de sífilis; em 2020, devido à pandemia, esse número caiu para 396; em 2021, houve um aumento para 597 casos; em 2022, o dado subiu para 790 e, até a última segunda-feira, 21, de 2023, já foram notificados 597 casos.

Alcineia destacou que todos estão suscetíveis à infecção, especialmente nos estágios iniciais, mas mencionou a reincidência como um fenômeno observado, envolvendo pessoas que já foram consideradas curadas. A educação em saúde se concentra na promoção do uso de preservativos, especialmente quando não há parceiros fixos.

A doença

A sífilis, causada pela bactéria Treponema pallidum, apresenta diversos estágios. O primeiro estágio se manifesta por meio de uma ferida que pode ocorrer nas regiões íntimas masculinas ou femininas, no colo do útero ou até mesmo em outras áreas da pele. Geralmente, aparece entre 10 a 90 dias após o contágio e, normalmente, não causa dor ou coceira, desaparecendo por conta própria.

O estágio secundário surge entre seis semanas e seis meses após a cicatrização da ferida inicial e pode exibir manchas no corpo, febre, desconforto, dor de cabeça e linfonodos inchados. Assim como na fase inicial, as manchas tendem a desaparecer espontaneamente. Existe também uma fase assintomática, que pode emergir até um ano ou mais após a infecção, persistindo latente no corpo.

O estágio terciário é o mais grave, podendo aparecer entre um e até 40 anos após a infecção. Nessa fase, os sintomas se tornam mais visíveis, com lesões na pele, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte. Alcineia ressalta que, em caso de suspeita ou curiosidade, os cidadãos devem procurar uma unidade de saúde para realizar um teste rápido.

Prevenção

Para prevenir a sífilis, o uso correto e consistente de preservativos é crucial. Além disso, o rastreamento e o acompanhamento de gestantes e parceiros durante o pré-natal são importantes para controlar a sífilis congênita e evitar a transmissão para o bebê durante a gravidez ou parto.

Tratamento

Embora curável, a sífilis requer atenção, pois a reincidência é possível. O tratamento é iniciado com a primeira dose de medicação no local de atendimento (USF, UPA ou CTA), seguido de tratamento contínuo na unidade de referência do paciente.

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