Éris: saiba mais sobre a nova variante da Covid-19 registrada no Brasil

No Brasil, foi confirmado o primeiro caso da variante EG.5 da covid-19, popularmente conhecida como Éris, uma subvariante da Ômicron. O Ministério da Saúde anunciou que o primeiro registro dessa variante em território nacional ocorreu no Estado de São Paulo.

O caso envolve uma paciente do sexo feminino, com 71 anos, residente na zona sul da cidade de São Paulo. Segundo o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), ela já se recuperou completamente e manifestou sintomas iniciais, como febre, tosse, fadiga e dor de cabeça, em 30 de julho, tendo realizado o teste laboratorial em 8 de agosto.

Atualmente, a variante Éris é a mais prevalente em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já confirmou a presença dessa nova cepa em pelo menos 51 países. Além disso, ela é a predominante nos Estados Unidos. A OMS documentou o surgimento da EG.5 em 17 de fevereiro, de acordo com um comunicado técnico.

O que você precisa saber sobre a Éris, nova variante da covid-19

A infectologista Camila Lopes Ahrens, do Hospital São Marcelino Champagnat, informa que essa variante mais recente possui uma maior capacidade de infecção, ou seja, é mais transmissível para outras pessoas. Ela explica que a seleção natural é responsável por esse fenômeno, uma vez que o vírus com maior habilidade de multiplicação e infecção tem uma vantagem competitiva.

Embora a variante EG.5 esteja presente em diversos países, a especialista ressalta que ela não é tão preocupante devido a sua menor taxa de letalidade, ou seja, a taxa de mortes relacionadas à doença. De acordo com o Ministério da Saúde, a melhor maneira de enfrentar essa nova variante é através da vacinação. Camila enfatiza outros cuidados essenciais:

– Indivíduos imunossuprimidos (como aqueles que passaram por transplantes, têm HIV, possuem comorbidades ou são idosos) devem retomar o uso de máscaras em ambientes fechados e reforçar as práticas de higiene pessoal, incluindo lavagem das mãos e uso de álcool em gel, além de manter a rotina de vacinação atualizada.

– Para pessoas com sintomas respiratórios, é aconselhável realizar o teste de covid e manter o isolamento para evitar a transmissão da doença.

A infectologista destaca a importância de buscar avaliação médica em casos de síndrome gripal. No entanto, ela ressalta sinais de alerta que indicam a necessidade de atendimento médico imediato. Isso inclui falta de ar (saturação abaixo de 92%) e sintomas de sepse, como aumento da frequência cardíaca, pressão arterial mais baixa e temperatura corporal superior a 38,5°C.

Camila reitera a importância de manter o calendário de vacinação contra a covid-19 em dia. Ela ressalta que o desenvolvimento contínuo de novas vacinas é crucial para oferecer respostas eficazes aos vírus, que estão em constante mutação. Assim como previsto durante a pandemia, a coexistência com a covid-19 será uma realidade por alguns anos, similar à convivência com a gripe, o que enfatiza a necessidade de manter a carteira de vacinação atualizada.

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