Lula deve finalizar Reforma Ministerial após retornar da África
Após a viagem do líder petista à África, onde ele participará da Cúpula do Brics de terça a quinta-feira (22-24) e visitará Angola e São Tomé e Príncipe, está previsto que ele retorne ao Brasil no domingo ou na segunda-feira (27-28).
De acordo com reportagem do site Poder360, a Presidência acertou a maior parte das trocas ministeriais com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), durante uma reunião ocorrida na quinta-feira (17). André Fufuca (PP-MA) assumirá o Ministério do Desenvolvimento Social, o qual perderá a supervisão do programa Bolsa Família. No entanto, alas do Partido dos Trabalhadores ainda estão hesitantes em relação a essa mudança, que resultaria na relocação do histórico petista Wellington Dias (PT-PI).
Uma alternativa proposta para evitar a saída do PT é transferir o ex-governador do Piauí para o Ministério da Gestão e Inovação, juntamente com a responsabilidade pelo Bolsa Família, um marco dos governos petistas. Entretanto, para isso ocorrer, a atual ministra, Esther Dweck, teria que ser substituída. A primeira-dama, Janja, se opõe a essa ideia, pois reduziria a representação feminina no escalão mais alto do governo.
Além do Ministério do Desenvolvimento Social, Lula planeja ceder ao grupo Centrão o controle dos Ministérios dos Portos e Aeroportos. Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) estaria à frente desse ministério. O atual titular da pasta, Márcio França (PSB-SP), poderia ser movido para a pasta de Ciência e Tecnologia ou para a de Indústria e Comércio. No último cenário, Geraldo Alckmin (PSB-SP) retomaria seu papel como vice-presidente da República.
Além disso, o Partido Progressista (PP) também assumirá a presidência da Caixa Econômica Federal e suas doze vice-presidências. O Republicanos, por sua vez, deverá ter a prerrogativa de nomear alguém para liderar a Funasa.
Aliados e líderes dos partidos do Centrão tinham o desejo de resolver as mudanças no ministério antes da viagem de Lula para a África do Sul. A falta de uma decisão pode resultar no adiamento, mais uma vez, de projetos importantes no Congresso. Isso inclui a votação do novo marco fiscal, considerado crucial pelo governo para destravar o Orçamento de 2024, bem como medidas provisórias que perderão a validade na próxima semana, como aquelas referentes ao reajuste dos servidores públicos e ao novo salário mínimo.
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