As gêmeas siamesas Allana e Mariah foram completamente separadas após a realização de quatro cirurgias. O último procedimento ocorreu no domingo (20) no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP), abrangendo um período de 25 horas que se estendeu desde o sábado até aproximadamente as 8h do dia seguinte.

Cerca de 50 profissionais, incluindo médicos, enfermeiros, instrumentadores e a equipe de apoio, estiveram envolvidos na cirurgia. Embora as gêmeas estejam se recuperando bem, o hospital informou que ainda não há uma estimativa para sua alta médica.

A finalidade da cirurgia era separar aproximadamente 25% dos vasos sanguíneos que ainda estavam conectando as gêmeas. Adicionalmente, as irmãs também seriam submetidas a uma cranioplastia, etapa para fechar o topo do crânio e a pele que o recobre.

O hospital divulgou informações sobre a preparação para a cirurgia. Antes da operação, Allana e Mariah passaram por um procedimento para expandir as bolsas implantadas sob a pele de suas cabeças, a fim de criar mais espaço para a cobertura craniana, que seria feita posteriormente.

A terceira cirurgia foi realizada em março deste ano, enquanto a primeira ocorreu em agosto de 2022, quando os médicos separaram as veias das irmãs. Três meses depois, o segundo procedimento foi realizado.

O diagnóstico da condição das gêmeas foi feito durante a gestação, enquanto ainda estavam no útero da mãe. A partir de 2021, a equipe do Hospital das Clínicas passou a acompanhá-las. Elas nasceram em Ribeirão Preto em 9 de dezembro de 2020 e atualmente residem com a família em Piquerobi, outra cidade de São Paulo. O caso delas é extremamente raro, com apenas 1 registro a cada 2,5 milhões de nascimentos.