O juiz Alexandre de Moraes, membro do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou hoje a quebra do sigilo bancário e fiscal de Jair Bolsonaro, ex-presidente, e Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama.

Essa medida foi requisitada na semana passada pela Polícia Federal (PF) como parte da investigação da Operação Lucas 12:2, que está examinando alegações de que uma organização criminosa operava para desviar e comercializar presentes recebidos por Jair Bolsonaro de autoridades estrangeiras.

De acordo com as averiguações, essas atividades ilícitas tiveram início por volta de meados de 2022 e continuaram até o começo deste ano. Entre os indivíduos envolvidos estão Mauro Cid, ex-aide de ordens de Bolsonaro, e seu pai, o general do Exército Mauro Lourena Cid. O militar trabalhava no escritório da Apex em Miami.

Conforme estipulado pelas normas do Tribunal de Contas da União (TCU), os presentes provenientes de governos estrangeiros deveriam ser incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), uma divisão da Presidência da República responsável pela custódia dos presentes, e não poderiam ser mantidos como propriedade pessoal de Bolsonaro ou deixar de ser devidamente catalogados.