Lula recebe Aras no Planalto; PGR busca recondução ao cargo
Nesta quinta-feira, 17, o presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva, tem um encontro com o procurador-geral da República, Augusto Aras, nas instalações do Palácio do Planalto. Essa reunião ocorre aproximadamente um mês antes do término do mandato de Aras na Procuradoria-Geral da República. É evidente que Aras está publicamente envolvido em uma campanha pela sua recondução ao cargo.
A realização desse encontro, que foi devidamente registrado na agenda oficial, não é exatamente uma surpresa. Lula já havia expressado sua intenção de conversar com Aras, assim como com todos os postulantes ao cargo de PGR. Alguns aliados do líder petista têm manifestado publicamente seu apoio ao procurador, enquanto outros demonstram simpatia pela ideia de sua recondução.
No entanto, pairam críticas sobre Aras, especialmente relacionadas à sua proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro, sobretudo durante o período da pandemia, quando seu apoio ao ex-capitão teve um papel fundamental em proteger o político negacionista. Além disso, a reputação de “engavetador-geral” também acompanha Aras.
Em sua campanha, o procurador-geral da República busca angariar a simpatia de Lula ao ressaltar sua postura contrária à Operação Lava Jato. Recentemente, ele compartilhou um texto com elogios à sua atuação perante a força-tarefa de Curitiba. Na legenda, ele destacou um trecho em que afirmou ser responsável por “desestruturar” a base do movimento lavajatista no país.
Lula, em declarações recentes, não descartou completamente a possibilidade de reconduzir Aras ao cargo. No entanto, ele expressou o desejo de ter um líder “garantista” à frente da instituição. Comprometeu-se, ainda, a realizar uma análise minuciosa da trajetória dos candidatos e escolher o nome com um critério mais apurado do que nas administrações anteriores durante seu mandato como presidente.
Além do apoio político próximo a Lula, Aras também recebeu respaldo de outros procuradores e juízes, bem como demonstrações significativas de integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF). Entretanto, ele alega estar enfrentando obstáculos internos no Ministério Público durante o fim de seu mandato. O cargo de procurador-geral da República ficará vago a partir de 26 de setembro. A expectativa é de que a recondução de Aras ou a indicação de um novo nome ocorra até o mês de outubro.
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