O mercado financeiro reduziu a previsão de inflação para este ano, de acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (31). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do país, estava estimado em 4,9%, mas agora a expectativa é de 4,84%.

Para 2024, a projeção da inflação é de 3,89%, e para 2025 e 2026, a estimativa é de 3,5% para os dois anos.

Apesar da queda na estimativa, a inflação prevista para 2023 ainda está acima do limite máximo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta é de 3,25% para este ano, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior é de 4,75%.

Segundo o Banco Central, existe uma chance de 61% de a inflação oficial ultrapassar o teto da meta em 2023, de acordo com o último Relatório de Inflação.

Para o ano de 2024, a projeção de inflação também está acima do centro da meta, que é de 3%. No entanto, ela ainda está dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em junho deste ano, o Brasil teve deflação, ou seja, houve uma queda nos preços em relação a maio. O IPCA ficou negativo em 0,08%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa foi a quarta queda seguida da inflação. No acumulado do ano, o IPCA soma 2,87%, e nos últimos 12 meses, 3,16%, abaixo dos 3,94% registrados nos 12 meses anteriores. Essa tendência de queda na inflação vem sendo observada desde junho de 2022, quando o índice estava em 11,89%.