Brasil chega a 203 milhões de habitantes
O Brasil alcançou um marco histórico no último ano, com sua população atingindo a marca de 203 milhões de habitantes. No entanto, o país registrou um aumento populacional de apenas 0,52% nos últimos 12 anos, a menor taxa desde o primeiro censo realizado em 1872.
Esse dado revela uma forte desaceleração no crescimento populacional e aponta para uma tendência de estabilidade nos próximos anos. A expectativa de vida em ascensão e a redução do número de nascimentos têm contribuído para um envelhecimento da população brasileira, o que pode marcar o fim do chamado “bônus demográfico”.
O “bônus demográfico” é um período em que a população economicamente ativa consegue sustentar os idosos e as crianças. No entanto, com as mudanças demográficas em curso, esse cenário está prestes a se transformar, impactando significativamente o sistema previdenciário do país.
O resultado do Censo de 2022 confirma que a sustentabilidade do atual sistema de aposentadoria brasileiro está ameaçada, e essa situação tende a se agravar ao longo dos anos. Para se ter uma ideia, as despesas previdenciárias são o principal gasto da União, representando mais de R$ 800 bilhões em 2022, ou seja, cerca de 44% das despesas totais do governo.
Analisando as mudanças populacionais nas capitais do país, Salvador desponta como a cidade que mais perdeu habitantes, com uma redução de 250 mil pessoas. Em seguida, considerando as quedas percentuais, destacam-se Natal, Belém e Porto Alegre.
Esses dados revelam a necessidade de repensar e adequar as políticas públicas, especialmente no que diz respeito à previdência social, visando garantir a sustentabilidade do sistema diante das transformações demográficas em curso no Brasil. O desafio está em encontrar soluções que assegurem o amparo adequado aos idosos e, ao mesmo tempo, promovam o desenvolvimento econômico e social do país.
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