Na noite de hoje, o Tribunal Superior Eleitoral retomará o julgamento que decidirá se o ex-presidente Jair Bolsonaro ficará inelegível pelos próximos oito anos. O julgamento é decorrente de uma ação protocolada pelo PDT, que acusa Bolsonaro de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

O caso remonta a julho de 2022, quando Bolsonaro proferiu críticas às urnas eletrônicas e a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do próprio TSE durante uma reunião com diplomatas no Palácio da Alvorada. A ação também inclui o então candidato a vice-presidente, Braga Netto.

Na última quinta-feira, apenas a etapa inicial do julgamento foi realizada, e hoje os ministros do TSE irão retomar as discussões para decidir o futuro político de Bolsonaro.

A decisão é de grande relevância, pois caso Bolsonaro seja considerado inelegível, a direita brasileira perderá a candidatura do único nome que conseguiu interromper os mandatos do Partido dos Trabalhadores (PT) desde 2002. No entanto, Bolsonaro já declarou que a inelegibilidade não seria um grande problema, afirmando que continuaria “100% ativo na política” e atuaria como um influenciador de votos em candidatos que apoiasse.

Embora Bolsonaro tenha expressado desânimo em relação ao julgamento, reconhecendo a dificuldade de obter uma decisão favorável no TSE, ele pediu ao Tribunal que utilize o mesmo critério adotado no julgamento da chapa Dilma-Temer em 2015, quando a elegibilidade foi mantida.

A defesa de Bolsonaro argumenta que o TSE deve julgar apenas os fatos relacionados ao evento em questão e já afirmou que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal em caso de inelegibilidade de Bolsonaro. O clima em Brasília promete ser intenso e decisivo para o futuro político do ex-presidente.

Aguarda-se, portanto, a decisão do TSE, que pode ter impactos significativos no cenário político brasileiro, influenciando as eleições futuras e o direcionamento das forças políticas no país.