O número de milionários chineses deixando o país em busca de novos lugares para residir tem aumentado significativamente, seguindo a tendência retratada no popular livro e filme “Asiáticos Podres de Ricos”. De acordo com dados de 2022, cerca de 10.800 indivíduos com um patrimônio líquido de pelo menos US$ 1 milhão deixaram a China e estabeleceram residência em outros países. Estimativas apontam que este ano a China enfrentará mais um êxodo de milionários, com quase 14 mil chineses de alta renda buscando viver uma vida de luxo em outros países, brindando com Dom Pérignon.

Mas por que essa tendência está ocorrendo? Além das restrições impostas pela pandemia, que foram marcadas por repetidos lockdowns na China, o avanço do regime autoritário tem afugentado aqueles que têm condições financeiras de se mudar para outros lugares. Com o aumento do número de milionários deixando o país, a movimentação de dinheiro diminui, resultando em uma desaceleração do crescimento geral da riqueza na China, que é comandada por Xi Jinping.

No ranking de fuga de milionários no ano passado, a Rússia ocupou o segundo lugar, seguida pela Índia e pelo Reino Unido. O Brasil também teve sua participação, ficando na quinta colocação. Em contrapartida, os Emirados Árabes Unidos foram o país que mais recebeu ricos em seu território. No entanto, estima-se que em 2023 a Austrália se torne o destino preferido dos milionários, levantando a questão se eles trocarão as pistas de ski pelo surf.

Em resumo, ao longo dos últimos 10 anos, tem havido um crescimento constante na migração de milionários, com projeções globais para 2023 e 2024 estimadas em 122 mil e 128 mil, respectivamente. Esses números refletem a busca de indivíduos de alta renda por ambientes mais favoráveis, onde possam desfrutar de um estilo de vida luxuoso e escapar das incertezas políticas e econômicas de seus países de origem. A migração de milionários continua a moldar o cenário global, afetando tanto as economias de partida quanto as de chegada.