Vazio sanitário do soja começa na próxima semana em Goiás
No próximo dia 27 de junho, terça-feira, terá início o vazio sanitário da soja em Goiás, que se estenderá até o dia 24 de setembro, totalizando 90 dias. Durante esse período, os produtores devem ficar atentos, pois será proibido plantar ou manter plantas vivas de soja em qualquer estágio de desenvolvimento nas lavouras.
Uma das principais razões para essa medida é evitar a proliferação da ferrugem asiática, uma doença que pode causar prejuízos significativos nas plantações de soja. As plantas que nascem nas áreas cultivadas após a colheita da safra, conhecidas como “tigueras da soja”, podem se tornar hospedeiras do fungo causador da doença, por isso devem ser eliminadas.
O presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), José Ricardo Caixeta Ramos, destaca a importância dessa medida fitossanitária, pois contribui para a redução do índice populacional da ferrugem asiática no campo, colaborando também com a redução do uso de defensivos químicos e a proteção ao meio ambiente.
“Com base no trabalho realizado pela Agrodefesa em campo, já podemos observar que os produtores goianos estão cada vez mais conscientes, seguindo o calendário e cumprindo as medidas legislativas orientadas pela Agência. No entanto, é necessário reforçar o pedido para que todos fiquem atentos aos prazos, pois essa ação proporciona economia na produção agrícola, além de trazer benefícios fitossanitários, sociais e ambientais”, ressalta Ramos.
O vazio sanitário é uma medida preventiva que vem sendo praticada em Goiás desde 2004, e a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio e Silva, complementa que é uma estratégia eficaz e respaldada pela pesquisa científica.
“É importante reforçar que o vazio sanitário é uma ação aprovada pela pesquisa científica. É uma estratégia adicional ao manejo já realizado pelos produtores, ao cumprir a ausência total de plantas de soja durante um período de 90 dias, especialmente por meio da eliminação das tigueras, que são aquelas plantas voluntárias que germinam após a colheita dos grãos e podem abrigar o fungo da ferrugem asiática”, explica Silva.
A medida do vazio sanitário da soja visa proteger as lavouras e garantir a qualidade e produtividade do cultivo, contribuindo para a sustentabilidade e a segurança alimentar do estado de Goiás. Portanto, os produtores devem seguir as orientações e cumprir rigorosamente o período estabelecido, visando o bem-estar de suas plantações e o fortalecimento do setor agrícola.
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