Agentes da Polícia Federal, cumprindo uma determinação do ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), realizaram uma operação de busca e apreensão em todos os endereços ligados ao senador Marcos do Val, tanto no Espírito Santo quanto em Brasília, incluindo seu gabinete no Congresso Nacional.

Durante a ação, documentos e arquivos foram coletados na sala de trabalho do senador, enquanto em sua residência foram apreendidos um computador e um celular. Além disso, Moraes emitiu uma ordem para que o senador não publique ou promova notícias falsas e ataques a instituições, resultando na exclusão das contas @marcosdoval do Twitter, Instagram e Facebook.

No entanto, o ministro do STF negou o pedido de prisão feito pela Polícia Federal e solicitou que o senador seja ouvido no decorrer das investigações.

Essas ações estão relacionadas à investigação sobre os eventos ocorridos em 8 de janeiro, especialmente às declarações do senador sobre um suposto plano golpista envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira.

É importante lembrar que o senador mudou sua versão diversas vezes, excluindo Bolsonaro do suposto plano golpista, embora tenha continuado a criticar a atuação de Alexandre Moraes.

Recentemente, em suas redes sociais, o senador publicou que é quase um consenso no meio judiciário brasileiro que as ações do ministro do STF são anticonstitucionais. Além disso, no início deste mês, ele solicitou a convocação de Moraes para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do evento ocorrido em 8 de janeiro. De acordo com Marcos do Val, a determinação de busca e apreensão seria uma retaliação a essa convocação.

Diante desse cenário, o vice-líder do governo no Congresso, que também faz parte da CPMI, anunciou que pedirá a substituição do senador Marcos do Val na comissão, alegando que um investigado não pode participar de uma investigação.