Uma nova pesquisa do instituto Ipec (antigo Ibope) revelou uma leve queda na aprovação do governo do ex-presidente Lula em relação ao levantamento realizado em abril. Segundo os dados divulgados pelo jornal O Globo, a aprovação da gestão petista passou de 39% para 37%, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Apesar disso, essa variação indica uma tendência de queda na aprovação. A porcentagem da população que considera o governo federal ruim ou péssimo foi de 26% para 28%, enquanto a avaliação regular subiu de 30% para 32%.

A pesquisa, realizada entre os dias 1º e 5 de junho, mostra que a diferença entre o grupo que aprova e o que desaprova o governo diminuiu. No primeiro levantamento do instituto, feito em março, essa diferença era de 17 pontos percentuais, e agora passou para 9 pontos.

No Nordeste, região em que Lula venceu a disputa com o ex-presidente Jair Bolsonaro no segundo turno, a aprovação do petista caiu de 55% para 45% em relação a abril. Já no Norte e no Centro-Oeste, onde Bolsonaro enfrenta as piores taxas de reprovação, o índice de pessoas que consideram a administração ruim ou péssima subiu de 21% para 33% nos últimos dois meses.

Quanto à renda dos entrevistados, a pesquisa revelou que a taxa de aprovação do governo foi maior entre os mais pobres, que ganham até um salário mínimo. Nesse grupo, a aprovação passou de 53% em abril para 43% agora, uma queda acentuada. Já entre os mais ricos, que ganham mais de cinco salários mínimos, a avaliação positiva de Lula subiu de 30% em abril para 36% neste levantamento.

Além disso, o levantamento mostrou que 53% dos entrevistados aprovam a maneira de Lula governar, enquanto 40% desaprovam. É importante ressaltar que nessa questão os entrevistados têm apenas a opção de dizer se aprovam ou desaprovam, sem a possibilidade de escolher a opção “regular”, por exemplo. Em março, a taxa de aprovação era de 57%, enquanto a de desaprovação era de 35%.

Os resultados da pesquisa Ipec indicam uma ligeira queda na aprovação do governo Lula, com a diminuição da diferença entre os grupos que aprovam e desaprovam sua gestão. A variação nos números sugere a necessidade de atenção por parte do ex-presidente para manter e conquistar o apoio dos eleitores em diferentes regiões do país e faixas de renda.