A previsão do mercado financeiro para a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 6,05% para 6,02% este ano, após o Banco Central manter os juros básicos da economia em 13,75%. A informação é do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (8) pelo Banco Central.

Apesar da queda na estimativa, a previsão para a inflação de 2023 ainda está acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior, 4,75%. A chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 83%, segundo o BC.

Para 2024, a projeção da inflação ficou em 4,16%, ainda acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Para 2025 e 2026, as previsões são de inflação de 4% para os dois anos.

Em março, a inflação desacelerou para todas as faixas de renda, porém o IPCA foi de 0,71%, puxado pelo aumento dos preços dos combustíveis, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, o indicador acumula 4,65%, abaixo de 5% pela primeira vez em dois anos.

A prévia da inflação oficial medida pelo IPCA-15, que mede o índice de preços ao consumidor nos dias 1º a 15 de cada mês, ficou em 0,57% em abril deste ano, abaixo das taxas de março de 2023 (0,69%) e de abril de 2022 (1,73%). O IPCA de abril será divulgado pelo IBGE na próxima sexta-feira (12).