Especialistas sugerem que preços da carne podem melhorar
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta terça-feira (2) a expectativa de recorde na produção de várias commodities na safra 22/23 e a previsão de crescimento de 11,6% do PIB do agro neste ano coloca o Brasil como um dos principais players no mercado internacional.
A informação estava no estudo da nota “Preços e Mercados Agropecuários”, que também aponta para um movimento de queda nos preços domésticos e internacionais de alguns dos principais produtos, como soja, milho e trigo no primeiro trimestre deste ano. Segundo José Ronaldo Souza Júnior, coordenador de Crescimento e Desenvolvimento Econômico do Instituto, a soja está sendo negociada agora no menor patamar desde 2020, “Isso porque o Brasil, que é o maior produtor e exportador do grão, está tendo um crescimento bastante expressivo, uma safra recorde. Há boas perspectivas também para os Estados Unidos” disse José Ronaldo.
Além disso, José diz que o cenário não indica aumento de preços para a oleaginosa “Os preços efetivamente pagos, os mais recentes, continuam ainda com essa tendência de queda. Essa produção bastante grande que estamos vendo limita a capacidade de retomada desse preço”, afirma o coordenador. Para o Ipea o cenário do cereal não seja tão negativo quanto o da soja porque os patamares produtivos não seguem tão positivos em termos mundiais, já para carne bovina, o coordenador acredita que exista peculiaridades, “Temos barreiras às exportações em diversos países e tivemos o problema localizado da ‘vaca louca’ que trouxe impactos temporários nos embarques, sendo que o Brasil mesmo adotou medidas restritivas que foram retiradas posteriormente, mas isso trouxe impactos negativos nos primeiros meses”.
A pesquisa aponta que há disparidades entre preços internos e externos porque não há tanta liberdade de exportação na carne quanto existe em outras commodities, como a soja.
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