Cuidados com plantas venenosas devem ser redobrados quando se trata de crianças. De acordo com pesquisas recentes, aproximadamente 2 mil casos de intoxicação de crianças por plantas são registrados anualmente no Brasil. O último boletim divulgado pelo Centro de Informação e Assistência Tectonológica de Goiás (Ciatox), da Secretaria de Estado da Saúde (SES), revela que houve 98 notificações em Goiás somente neste ano, com prevalência de casos no público infantil.

As crianças menores de 4 anos são as principais vítimas de intoxicação por plantas, devido à curiosidade, fome e fácil acesso às plantas em ambiente doméstico. Os sintomas mais graves incluem problemas gastrointestinais, respiratórios, neurológicos, cardiológicos e cutâneos.

De acordo com a enfermeira Marina Fiqueiredo da Silva, especialista em toxicologia clínica, a maioria das plantas ornamentais é tóxica. As plantas que possuem cristais de oxalato de cálcio, como a begônia e a espada-de-São-Jorge, são as que mais causam acidentes.

O médico do Ciatox, João Vasconcelos, destaca a importância de adotar medidas preventivas para reduzir o risco de exposição às plantas. Manter plantas venenosas fora do alcance das crianças é fundamental, por exemplo, posicionando vasos e jardineiras em locais elevados ou inacessíveis. Além disso, é importante ensinar as crianças a não colocar na boca, comer folhas ou brincar com raízes desconhecidas.

Outras medidas importantes incluem ter cuidado redobrado com plantas que liberam látex, que podem causar irritação na pele e mucosas, e não preparar chás caseiros ou remédios sem orientação médica. É essencial que os adultos estejam vigilantes e supervisionem as crianças em áreas com vegetação, como parques, praças e jardins.

Portanto, é necessário redobrar a vigilância e os cuidados para evitar reações graves de intoxicação por plantas em crianças. É importante conhecer as plantas que são tóxicas e manter o ambiente seguro para as crianças, adotando medidas preventivas e de supervisão.