Após comprar Celg-D por quase R$ 1,6 bilhão, Equatorial diz que vai começar a operar até janeiro
Empresa também assumiu dívida de R$ 5,7 bilhões. Negociação ainda depende de avaliação da Aneel
A empresa Equatorial, que comprou a distribuição de energia em Goiás da Enel, disse que vai suportar o crescimento do estado e garantiu fornecer energia em quantidade e qualidade suficiente. A nova companhia vai pagar R$ 1,6 bilhão, além de assumir uma dívida de R$ 5,7 bilhões. A previsão é que a Equatorial comece a operar até janeiro de 2023.
“É um estado em que o mercado vem crescendo nos últimos dez anos acima da média do Brasil e, com certeza, a Equatorial suportará esse crescimento fornecendo energia em quantidade e qualidade para toda a sociedade goiana”, disse Augusto Miranda, CEO da Equatorial, durante uma conferência com investidores.
Em nota, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) disse que “qualquer transferência desse tipo tem que ser aprovada pela Agência” e “decidirá sobre a anuência prévia desta transferência e sobre a aprovação do plano de troca de controle”.
A Equatorial é responsável pela distribuição de energia nos estados do Maranhão, Pará, Piauí, Alagoas, Rio Grande do Sul e Amapá. Segundo o ranking da Aneel, a Equatorial no Pará ocupa a sétima posição entre as melhores distribuidoras do país. Porém, as unidades do Maranhão e Rio Grande de Sul ocupam as duas últimas posições.
“Com a operação, a companhia diversifica a sua atuação no segmento de distribuição de energia para mais uma região geográfica, demonstra o seu olhar único para a identificação de oportunidades, pautado pela disciplina financeira na alocação de capital, e reforça seu papel consolidador no segmento de distribuição, ampliando as oportunidades de geração de valor como player integrado no setor de energia e adicionando mais de 3,3 milhões de clientes à nossa base”, disse a Equatorial em comunicado publicado em seu site.
Já a Enel disse que “manterá seus acionistas e o mercado em geral informados, na forma da lei e da regulamentação aplicável”.
Avaliação do governo
“Essa troca vem em muito bom momento, já poderia ter acontecido, mas, mesmo assim, vem em um bom momento para que a gente comece 2023 já com a nova distribuidora”, disse o secretário-geral de de Governo do Estado de Goiás em entrevista à CBN.O secretário disse que a negociação da venda foi feito exclusivamente entre as duas empresas e, ao ser aprovado pela Aneel, será feito um novo contrato entre a agência e a empresa compradora para estabelecer os novos padrões de qualidade e metas.
“Nesse processo, nós estaremos acompanhando de perto para garantir que aquilo que será exigido da Equatorial seja em um nível suficiente para atender a demanda do estado de Goiás”, completou.
Privatização
A Enel comprou a antiga Campanha Energética de Goiás (Celg) em 2017, após o pagamento de R$ 2,1 bilhões. Na época, a companhia prometeu reduzir as quedas de energia em 40%. Em 2020, o governador Ronaldo Caiado propôs que a Enel repassasse a distribuição de energia para outra empresa como forma de resolver os constantes problemas de queda de energia.
Com informações do G1 Goiás
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