Presidente cita dificuldades e diz que Goiás não tem mais dinheiro para contratar

Paulo Rogério Pinheiro expõe situação delicada e afirma que clube ainda paga caro por erros em gestões passadas

O presidente do Goiás, Paulo Rogério Pinheiro, concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira, 11, e detalhou a dificuldade financeira que o clube enfrenta atualmente. Segundo Paulo Rogério, o clube ainda paga caro por contratações feitas na gestão passada e não tem condições de buscar mais reforços nesta janela de transferências, a não ser o que considerou como “aposta”.

O dirigente também ressaltou a confiança que tem no elenco atual e na permanência na Série A, o que vai representar um alívio maior nas contas a partir do ano que vem. Paulo Rogério Pinheiro, que assumiu o Goiás no início de 2021, afirmou que o clube tinha uma reserva financeira para fazer mais contratações, mas que esta reserva acabou diante das ações trabalhistas que o Goiás teve que sanar.

“Há umas três semanas, nosso diretor jurídico e uma advogada trabalhista pediram uma reunião comigo. Caiu uma ‘bomba atômica’ em meu colo. Eu sempre disse que jamais falaria do passado porque eu já sabia como estava. Mas na reunião falaram que temos que pagar R$ 6 milhões em ações trabalhistas até o fim do ano. A torcida fala ‘vamos fazer esforço para contratar’. Esforço eu faço desde o ano passado. Mas meu tempo hoje é dedicado ao passado. É pagar 30% à vista e o resto em seis parcelas”, desabafou Paulo Rogério.

“Minha reserva acabou? Acabou. Vai acabar? Vai sim. Não tem o que fazer nessas ações julgadas em agosto, são quatro ações. É engraçado porque fizeram (diretoria passada) contrato em Euro, quero saber quem foi o inteligente que fez contrato em Euro. Fizeram contrato em Dólar e não pagaram o jogador e nem o empresário, ainda colocaram cláusula com a cotação da época e do dia. Adivinha o que o juiz fez? Considerou a cotação do dia. A Justiça do Trabalho é muito rápida”, continuou o presidente do Goiás.

Janela
A janela de transferências foi aberta no dia 18 de julho e será encerrada na próxima segunda-feira, dia 15 de agosto. O Goiás contratou o lateral-esquerdo Sávio, os zagueiros Lucas Halter e Danilo Cardoso, o meia Marco Antônio e o atacante Breno. Segundo o presidente esmeraldino, é mais importante manter salários e premiações em dia do que contratar mais jogadores.

Edmo Pinheiro, presidente do Conselho Deliberativo do Goiás Esporte Clube

“Sentei com o Edmo (presidente do conselho deliberativo). Nós perdemos a reserva. Se contratarmos, vamos atrasar salário e premiação, aí é rebaixamento com certeza. Vamos entrar no que fizeram em 2020. Eu não autorizo contratar mais. O problema não é o Harlei (vice-presidente), não é o Edmo, não é o Jair Ventura, eu que não autorizo mais”, disse Paulo Rogério Pinheiro.

Apesar dos problemas financeiros, o dirigente afirmou que pode buscar mais atletas com status de “aposta”, como foi o meia Diego, o zagueiro Yan Souto e o zagueiro Sidimar. O último a chegar foi o atacante Breno, que estava no Aimoré (RS).

Paulo Rogério Pinheiro ainda afirmou que o Goiás não tem condições de concorrer com grandes clubes no mercado.

“Não adianta achar que o Goiás não vai contratar aposta. Está chegando aposta nessa semana e eu adoro contratar aposta. Se der certo, vira um ativo da gente, como Dieguinho, Yan Souto, Sidimar. Lógico que a torcida quer que o presidente contrate jogador de vitrine, mas não damos conta de concorrer com ninguém. O Goiás pagou empréstimo apenas de dois jogadores, o Élvis, que veio do Cuiabá, e o Nicolas, que estava no Paysandu. E mesmo assim o valor do empréstimo do Nicolas foi abatido no ato da compra. Fora isso, todos vieram de graça. Não temos dinheiro nem para as ‘luvas’ dos jogadores. Ainda temos que pagar comissões de empresários. Basicamente falei para cortar todas as contratações”, encerrou.

Com informações da Redação do GE – Globo Esporte

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