O ex-servidor da Prefeitura de Goiânia Felipe Gabriel Jardim, de 26 anos, suspeito de matar o sogro a tiros dentro da farmácia em que o idoso era dono, foi indiciado pela Polícia Civil nesta terça-feira, 19, por homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo. O crime aconteceu em 27 de junho deste ano e foi filmado pela câmera de segurança do comércio.

O advogado Júlio de Brito, que faz a defesa do jovem, disse nesta terça-feira que vai pedir exame de insanidade mental para provar que Felipe teve um surto psicótico e não tinha condições de entender o que aconteceu no dia do crime. Caso o jovem seja condenado, a pena pode chegar a 30 anos de prisão.

A Polícia Civil informou que pediu ao Judiciário, junto com o indiciamento, a conversão da prisão temporária em preventiva. Felipe está preso desde o dia 29 de junho, três dias depois do crime, quando foi achado na casa de parentes.

“Pedimos ao Judiciário que ele aguarde o julgamento preso por entender que a ex-namorada corre risco caso ele seja colocado em liberdade”, comentou o delgado Rhaniel Almeida.

O sogro do suspeito era o policial civil aposentado João Rosário Leão, de 63 anos. Após se aposentar da Polícia Civil, ele abriu a farmácia no Setor Bueno em sociedade com outro genro.

A ex-namorada do jovem e filha do policial aposentado, Kênnia Yanka Leão, contou que o jovem ligou para avisar que matou o idoso.

“Ele me ligou cedo, quando soube [da ocorrência], e falou que ia matar o meu pai. Eu fui correndo atrás do meu pai, mas ele não atendia. Eu peguei o carro e fui para lá, só que o pneu furou e eu não consegui. Quando eu desci para pedir ajuda, ele ligou para dizer que matou meu pai e ia atrás de mim”, contou Kênnia Yanka, ex-namorada de Felipe Gabriel.

Por que ele matou o sogro?

O jovem tem o sonho de seguir carreira na Polícia Militar. Inclusive, ele gritou algumas vezes quando foi preso que o “sonho acabou”. O delegado Rhaniel Almeida revelou que o rapaz matou o sogro por causa do boletim de ocorrência registrado pelo idoso.

Segundo o delegado, Felipe falou que a ocorrência poderia dificultar a entrada dele na corporação militar. A namorada Kênnia Yanka disse que ele andava armado em todos os lugares e o revólver era a coisa que ele mais prezava.

Nota da defesa de Felipe Gabriel

A defesa técnica de Felipe se manifesta para que seja realizado um exame de insanidade mental no mesmo. Sabe-se, segundo os médicos psiquiatras, que os medicamentos que Yanka prescrevia para Felipe, com exagero, sem cuidado algum e com receitas amarelas que ela comprava de seus fornecedores, são causas de sustos maníacos psicóticos.

A Yanka, talvez, concorreu para que isso acontecesse. A própria delegada da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher sugeriu que o juizado da mulher remetesse cópia do inquérito policial para que o Ministério Público investigasse a venda desses medicamentos para Felipe. Que sem sombra de dúvida alguma, fez com que Felipe tivesse esse surto psicótico. A defesa vai provar que Felipe não tinha capacidade alguma de dissentimento quando aconteceu essa tragédia.

Com informações do portal G1 Goiás