Operação “Sem Fronteiras” prende autores do maior golpe de “sex-extorsão” em Goiás
Objetivo foi desarticular associação criminosa que, de janeiro a março deste ano, extorquiu morador de Rio Verde através das redes sociais
As Polícias Civis de Goiás e do Rio Grande do Sul deflagraram, na manhã desta quinta-feira, 23, a Operação “Sem Fronteiras”. O objetivo foi desarticular uma associação criminosa que, de janeiro a março deste ano, extorquiu um morador de Rio Verde – cidade localizada no Sudoeste goiano a 210 km de Goiânia -, através das redes sociais.
Em razão das extorsões sofridas, a vítima chegou a repassar aos criminosos aproximadamente meio milhão de reais.
Com a operação, foram presos temporariamente cinco investigados (prisão temporária), sendo cumpridas ainda 12 medidas cautelares de busca e apreensão na região metropolitana de Porto Alegre, especificamente nas cidades de Novo Hamburgo, Taquara e São Leopoldo. Algumas buscas foram feitas inclusive em presídios da região metropolitana da capital, em Novo Hamburgo, Charqueadas e Montenegro.
Participaram da ação 50 policiais civis. Até o momento, três investigados não foram localizados.
O caso
No início deste ano, a vítima, um homem de 30 anos que reside em Rio Verde, iniciou contato com um perfil no instagram de uma jovem. A conversa entre os dois ganhou cunho sexual e, então, um criminoso, se passando pelo suposto pai dessa garota, afirmou à vítima que a menina em questão era menor de idade e que aquelas conversas causaram a ela severos constrangimentos. Simulou-se a necessidade de tratamento psiquiátrico da menor e até mesmo o seu suicídio. Assim, exigiu-se da vítima uma compensação financeira para se reparar, material e moralmente, tais danos.
Em seguida, os investigados, se passando falsamente por supostos advogados e autoridades públicas, falsos delegados de polícia e conselheiros tutelares, entraram em contato com a vítima, informando-lhe que ela havia cometido ilícitos penais em razão das conversas de natureza sexual com a garota.
Sob tal argumento, as pseudo autoridades, fingindo serem agentes públicos corruptos e fazendo a vítima crer que havia cometido ilícitos penais relacionados à pedofilia, exigiram quantias dela, para que ela não sofresse sanções criminais.
Foram reiteradas as quantias extorquidas, sendo elas sempre precedidas de uma nova ameaça de punição legal, o que culminou no prejuízo de aproximadamente meio milhão de reais para a vítima.
As investigações agora seguem com o objetivo de se identificar novos envolvidos na prática delitiva e também se localizar o proveito do crime, de maneira a se viabilizar o ressarcimento à vítima.
Os investigados responderão pelos delitos de estelionato e extorsão. A operação foi conduzida pelo Grupo de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri) de Rio Verde, através do cartório de crimes cibernéticos, e Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudadores de Porto Alegre, com apoio das delegacias locais gaúchas.
Com informações da Assessoria de Comunicação da Polícia Civil
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