Preço do etanol e da gasolina começa a cair em Goiás; Petrobras anuncia aumento do diesel
Preço médio do litro vendido para as distribuidoras vai passar de R$ 4,51 para R$ 4,91 – um aumento de 8,87%. Peço do gás de cozinha não será alterado
Os preços do etanol hidratado nos postos brasileiros recuaram em 14 Estados e no Distrito Federal na semana passada, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em Goiás, o recuo foi de 5,55%. Isso significa que o valor do litro ficou até sete centavos mais barato nos últimos dias, com valor médio de R$ 5,33.
Em Goiânia, porém, havia postos que nesta segunda-feira, 9, comercializavam o litro do etanol a R$ 4,99. O litro da gasolina também está mais barato e na semana passada, estava sendo vendido no estado ao preço médio de R$ 7,55 – ao contrário da semana de 17 de abril, quando era encontrado a R$ 7,59.
Em matéria publicada também nesta segunda, o jornal Valor Econômico destacou que com o início da safra de cana, o etanol começou a recuperar vantagem em Goiás e em Mato Grosso.
Congelamento
O Governo de Goiás tem aproveitado a oportunidade para destacar a pauta de congelamento do ICMS dos combustíveis, em vigor desde novembro do ano passado, e que resultou em uma queda de arrecadação estimada em R$ 375,8 milhões, segundos cálculos da Secretaria de Estado da Economia. O número abrange os últimos sete meses e demonstra que o preço que chega ao consumidor não é impactado pelo imposto estadual.
O Governo de Goiás estabeleceu o congelamento com o objetivo de atenuar as frequentes altas da gasolina, do etanol, do óleo diesel e do gás de cozinha. “Nós estamos subsidiando o preço ao contribuinte, deixando de receber para que ele pague menos. Nós estamos abrindo mão de receita”, afirma o governador Ronaldo Caiado.
O Estado de Goiás usa o preço de R$ 6,55 como referência para cobrar o imposto da gasolina comum, desde o ano passado. Nas bombas, segundo dados levantados na última quarta-feira, 4, pela Gerência de Combustíveis da Secretaria da Economia, tendo como base os cupons fiscais, o litro é vendido por R$ 7,46 em média. Ou seja, uma diferença de R$ 0,91. E, caso o governo estadual não tivesse congelado, o litro da gasolina estaria sendo de R$ 7,72, o que resultaria em preço médio R$ 0,26 mais caro.
Aumento do diesel
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 9, que vai elevar o preço do diesel para as distribuidoras. O preço médio do litro vai passar de R$ 4,51 para R$ 4,91 a partir de terça-feira, 10, um aumento de 8,87%. Os preços da gasolina e do gás de cozinha não serão alterados.
Segundo a petroleira, o diesel não sofria reajuste há 60 dias – desde 11 de março. Naquele momento, diz a Petrobras, a alta refletia “apenas parte da elevação observada nos preços de mercado”.
Com o novo reajuste, o diesel já acumula no ano alta de 47% nas refinarias da Petrobras.
“Com esse movimento, a Petrobras segue outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda acompanhando os preços de mercado”, afirma a estatal em nota.
A Petrobras afirma ainda que, considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da petroleira no preço pago pelo consumidor passará de R$ 4,06, em média, para R$ 4,42 a cada litro vendido na bomba.
Com informações do portal G1, da Agência Cora Coralina de Notícias e da ANP
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