Pelo menos nove ministros deixarão a Esplanada dos Ministérios para se candidatar ao Senado ou ao governos dos seus estados, informou o jornalista Gerson Camarotti, apresentador e comentarista da TV Globo e colunista do portal G1. A saída dos auxiliares do presidente Jair Bolsonaro, prevista para até o final deste mês, implicará em uma reforma ministerial.

Segundo Camarotti, com a desincompatibilização dos ministros – candidatos dos atuais cargos – como prevê as regras eleitorais -, Bolsonaro já teria batido o martelo das substituições em conversar com interlocutores próximos nos últimos dias, como o ministro Ciro Nogueira, da Casa Civil.

Vão deixar o governo para se candidatar:

• Tarcísio Freitas (Infraestrutura)
• Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos)
• João Roma (Cidadania)
• Flávia Arruda (Secretária de Governo)
• Tereza Cristina (Agricultura)
• Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional)
• Gilson Machado (Turismo)
• Onyx Lorenzoni (Trabalho)
• Braga Netto (Defesa), que deverá ser o vice de Bolsonaro nas eleições

É bem provável que algum executivo que já esteja na estrutura dos ministérios assuma, ainda que em caráter provisório, os cargos vagos. Como no caso da Agricultura, em que o secretário-executivo, Marcos Montes, tem apoio da bancada ruralista.

Na Defesa, a mudança é considerada mais estratégica. Como antecipou o blog da Andréia Sadi, Bolsonaro estuda colocar o comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, à frente da pasta. Com isso, iria para o comando do Exército o atual comandante de Operações Terrestres da Força, general Freire Gomes, nome considerado alinhado ao bolsonarismo.

Em outros ministérios, ainda há indefinição sobre os substitutos, porque partidos aliados como o PP e o PL, sigla de Bolsonaro, querem ocupar mais espaço.