Isaquias Queiroz fala em aposentadoria após Paris 2024
Campeão olímpico e mundial, ídolo da canoagem de velocidade quer se despedir no auge
A decisão ainda não foi tomada, mas Isaquias Queiroz já amadurece a ideia de se aposentar após as Olimpíadas de Paris 2024. Ou ao menos tirar um período sabático. Medalhista de ouro em Tóquio 2020 na prova C-1 1000m da canoagem de velocidade e dono ainda de duas pratas (C-1 1000m e C-2 1000m) e um bronze (C-1 200m) na Rio 2016, o atleta de 28 anos admitiu que quer ter mais tempo com a família, mas que no momento ainda sonha com pódios, como contou ao Esporte Espetacular.
“Minha vontade, hoje, não vou mentir, é de aproveitar a vida, mas ainda acredito que dá para ganhar mais medalhas. Meu objetivo é ir até Paris. Depois de Paris, aí sim, com fé em Deus, pretendo dar uma parada na carreira ou parar de vez”, revelou o canoísta, que foi o porta-bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento da Rio 2016, representando o esporte do país.
Além de desejar mais tempo de descanso e lazer, Isaquias avalia suas condições físicas. Conhecido por sua força e resistência, ele se pergunta até quando o corpo vai aguentar as exigências da modalidade. Ídolo da canoagem, seis vezes campeão mundial, Isaquias estará com 30 anos em 2024. E acredita que, depois dessa idade, um atleta da canoagem velocidade começa a viver um declínio natural. Por isso, precisará avaliar seu nível de competitividade depois de Paris, pensando já nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028, quando terá 34.
“Eu penso em parar depois de Paris por causa também da idade, mas falam que eu sou novo. Meu esporte começa novo e termina novo também. No máximo até os 30, e não chego em 2028. Já não sei, acho que já não chego”, projetou.
Isaquias sabe que poderia seguir, provavelmente, até Brisbane 2032. Mas ele tem fome de medalhas, de pódios. Remar por remar não faz parte dos seus planos. Mas a decisão final, ao que parece, não foi tomada, e os brasileiros ainda podem ter esperança de continuar a acompanhar a trajetória vitoriosa do supercampeão depois de Paris, se seu corpo mostrar que é possível seguir no topo.
“Eu tenho nível para ficar remando no Brasil até os 38 anos, por aí… mas será que vou estar ganhando medalha? Não quero manchar minha carreira, quero ser (uma carreira) de vitorioso. Por isso eu treino todo dia”, encerrou.
Com informações do Globo Esporte
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