CBF acata ordem judicial e bloqueia registros de Arana, Allan e Guga, do Atlético-MG
De acordo com entidade, bloqueio vale apenas para eventuais transferências futuras
A CBF cumpriu ordem judicial e bloqueou os registros dos atletas Arana, Allan e Guga, do Atlético-MG, após decisão favorável ao empresário André Cury em briga com o clube na Justiça. Os jogadores foram bloqueados no Sistema Gestão Web da CBF por decisão com força de ofício da 39ª Vara Cível de São Paulo.
De acordo com a entidade, o bloqueio vale apenas para eventuais transferências futuras. O clube entrou com recurso no início da semana para tentar desfazer a ordem judicial. O trio, somado, tem valor de mercado de R$ 850 milhões, quantia considerada pelo time mineiro como a atual penhorada pelo empresário André Cury. O clube tem uma dívida de R$ 52 milhões com o agente.
No início de janeiro, a Justiça já havia rejeitado um recurso do Galo para impedir o bloqueio por cerca de R$ 1,5 milhão pela compra do atacante Franco Di Santo, em 2019. Nos registros da CBF, Arana tem valor de mercado de R$ 600 milhões. O volante Allan custaria para quem quiser contar com ele R$ 150 milhões. Já o lateral Guga tem cláusula avaliada em R$ 100 milhões.
O time mineiro alega que teve problemas de fluxo de caixa por conta da pandemia, chegou a oferecer o Clube Labareda como garantia e acenou com a contratação de seguro garantia, mas as ofertas foram rejeitadas pela defesa de André Cury. Na ação, o empresário é representado pelas advogadas Adriana Cury e Fernanda Saade. O agente e suas representantes abriram mais de 24 processos contra o Atlético-MG. Em alguns deles, tentaram receber os valores cobrados por meio de receitas.
Procurado, o Atlético-MG disse que não foi informado sobre o bloqueio na CBF. Em agravo de instrumento, porém, foi anexado email do departamento de registros da confederação informando sobre a restrição ao jurídico do time mineiro.
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