O ex-juiz Marlon Reis, candidato em 2018 a governador do Tocantins, foi condenado por uma dívida com profissionais que trabalharam em sua campanha na eleição suplementar. A dívida era questionada pela empresa Gemma Comunicação desde o fim de 2018 e foi reconhecida pelo Juizado Especial da capital nesta terça-feira, 8.

Para o proprietário Geovani Arruda, “a Justiça demorou, mas foi feita. O contrato foi feito e os serviços foram prestados. O que não ocorreu foi o pagamento por parte do candidato”, disse.

Esse não é o único processo em que Marlon Reis, o juiz que diz ser criador da lei da Ficha Limpa, é réu. Ele também fez um acordo judicial com a produtora de vídeo que prestou serviços na campanha, mas não efetuou o pagamento das parcelas estipuladas pela Justiça do Estado do Maranhão, em processo que corre na cidade de Imperatriz.

Além disso, Marlon também é questionado pelos profissionais que trabalharam na sua campanha ordinária ao Governo em 2018 e pela empresa prestadora de serviços. No total a dívida atualmente já ultrapassa R$ 1 milhão. Foi por causa dessa dívida que Marlon teve suas contas de campanha rejeitadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Tocantins. A relatora do caso na época, juíza Ângela Issa Haonat, encontrou irregularidades graves na prestação de contas apresentada por Marlon. Entre as irregularidades apontadas pela juíza, estão falta de documentos na prestação final das contas e uma dívida de R$ 751 mil que não tem indicação de como será paga. Para parte deste valor faltaram dados como a anuência dos credores e o cronograma de pagamento.

O processo pode ser consultado na íntegra no site do Tribunal de Justiça do Tocantins, sob número 0033382-88.2018.08.27.2729/TO.